


"Um círculo de mulheres é poderoso e imensamente inspirador! Contagiante!
É através do poder desta geometria sagrada que nos colocamos à disposição uma das outras, como curandeiras!
A alma brilha de alegria pq não há mulher que não reconheça a linguagem do coração falando sobre nutrir!
A energia de um circulo de mulheres reverbera em nossa vida por muito tempo e a transformação que ali se vivencia nunca será esquecida.
A união de mulheres em círculo é essa potencia tão forte porque a cura de uma passa a ser a cura de todas, juntas dividimos as dores, as raivas, as angustias, os medos de modificar padrões negativos tão enraizados mas que não nos servem mais! Nos tornamos a voz de tantas mulheres que de alguma forma fazem parte de nós e trazemos tudo à luz da consciência aumentando a capacidade de enxergar o que não queremos mais carregar, despertando a coragem de dizer SIM para o prazer de ser quem somos na essência! Salve os círculos sagrados"
Texto: Bia Hochheim
Despertar a força feminina de cada uma de nós é como trazer à tona nossa essência pura e verdadeira, nosso oráculo interno que nos ensina novamente a rezar nossa Vida, como queremos vivê-la, o que estamos tecendo, para onde estamos caminhando e ter a clareza de onde queremos chegar! O Rezo torna nosso caminhar sagrado, das dificuldades às alegrias, desperta a Gratidão e solidifica a base da nossa construção interna que se torna um reflexo brilhante no mundo externo!
Plante sua Lua
O que é plantar a Lua?
Nas civilizações antigas existia o culto à Deusa, a Mãe Criadora e Mantenedora da Vida.
As suas representantes humanas, as mulheres, eram honradas e respeitadas pelo seu dom milagroso de gerar vida no seu ventre e nutri-la com leite dos seios.
As comunidades eram matrifocais, organizadas ao redor das mulheres e crianças, protegidas pelos homens e baseadas no respeito à Terra vivendo de acordo com os ciclos da natureza.
A menstruação era um dom dado às mulheres pela Deusa para que elas pudessem criar e perpetuar a própria vida.
A sincronicidade do ciclo lunar e menstrual refletia o vínculo entre a mulher e a divindade pois ela guardava o mistério da vida em seu corpo e tinha o poder de tornar real o potencial da criação.
O ciclo menstrual seguia as fases da lua com tanta precisão que a gestação era contada por luas!
As mulheres, enquanto recebiam seu sangue sagrado, se isolavam em cabanas ou “tendas lunares” para recuperar suas energias e abrir seus canais psíquicos que ficavam muito mais expandidos neste período, para o intercâmbio com o mundo espiritual. Ofereciam seu sangue menstrual à Deusa e recebiam suas profecias auxiliando sua comunidade, sendo diretrizes na decisões.
Chegou o tempo da Inquisição, um mundo já ditado pelo patriarcado onde este poder oracular da mulher tornou-se uma prova da ligação com o diabo, puniam e perseguiam as mulheres videntes, as bruxas, e assim originaram-se os tabus, as proibições, as crenças e as superstições referentes ao sangue menstrual.
Milênios de domínio patriarcal, desempoderaram a mulher reduzindo-a como mera reprodutora, fornecedora de prazer, desprovida de qualquer valor, até mesmo de uma alma.
O sangue se tornou sujo e nojento e o ciclo menstrual um peso.
Na sociedade atual, como resultado de toda essa desconexão, a indústria e o intelecto são exageradamente estimulados e valorizados, preocupando-se apenas com produtividade, consumismo e modismo e os ritos de passagem e celebrações perderam o sentido abrindo espaço para os desequilíbrios hormonais e emocionais.
É essencial paro alcançar o reequilíbrio, restabelecer essa sincronia, a mulher precisa voltar a sentir a sua natureza, observar a relação das fases da lua com seu ciclo menstrual, anotar o início da menstruação, a fase da lua, suas mudanças de humor, disposição física, nível de energia comportamento emocional e sexual, sonhos e o que mais sentir…
Para poder perceber bem seu ritmo interno, essas anotações devem ser feitas por pelo menos 3 meses, quanto mais tempo melhor até que exista um material para comparação de padrões em cada mês , criando um guia pessoal de seu ciclo menstrual baseado nos ciclos lunares, clareando seu ritmo interno pessoal.
Compreender sua ciclicidade, voltar a honrar seu sangue e reviver sua sabedoria interna que é tão antiga!
Este ato de relembrar reconecta a mulher à sua essência verdadeira e lhe devolve a consciência do seu poder sagrado de gerar, nutrir e criar, seja uma vida, seja um projeto, seja o que ela quiser!
Abrem-se novos portais, novos caminhos para sentir a plenitude, a harmonia, a magia de Ser Mulher!
Oferecer novamente seu sangue lunar à Terra, à Grande Mãe, à Deusa, é um ato de humildade e muita gratidão, uma reverência.
Plantar a sua lua é ritualizar seu potencial de abertura psíquica onde a consciência de agradecer, saber pedir e reconhecer os caminhos para receber legitimam seus lugares.
É uma prática que pode ser simples e muito poderosa.
Primeiro você precisa escolher uma forma de coletar o seu sangue.
Pode ser através de coletores menstruais ou bioabsorventes.
Escolha um momento tranquilo onde você se permite ter um tempo para interiorizar-se, traga à consciência sua intenção, pode ser um agradecimento, um pedido de cura, o que sentir… e derrame na terra seu sangue coletado. Pode ser na natureza ou mesmo num vaso de plantas pra quem mora em apartamento.
O importante é o estado de atenção em estar oferecendo à terra seu sagrado processo, honrando e reconhecendo sua origem, seu ciclo natural, o ritmo da sua natureza interna.
Olhando para si, percebendo suas intenções, suas necessidades expandindo seu potencial criativo!
Seja bem vinda de volta ao lar! ♥✨
Texto: Bia Hochheim
Referência: 'O anuário da Grande Mãe' (Mirella Faur)